"...Quando Dona Cecília Paim perguntou se alguém queria ir ao quadro-negro escrever uma frase, mas uma frase que fosse invenção do aluno, ninguém se atreveu. Mas eu pensei uma coisa e levantei o dedo.
- Quer vir, Zezé?
Saí da carteira e me dirigi para o quadro-negro enquanto ouvia orgulhoso o seu comentário.
- Vocês viram? Logo o menorzinho da turma.
Eu não alcançava nem na metade do quadro. Peguei o giz e caprichei na letra.
Faltam poucos dias para as férias...
. Depois apareceram outros decididos para escrever uma frase. Mas o herói tinha sido eu.."
- Quer vir, Zezé?
Saí da carteira e me dirigi para o quadro-negro enquanto ouvia orgulhoso o seu comentário.
- Vocês viram? Logo o menorzinho da turma.
Eu não alcançava nem na metade do quadro. Peguei o giz e caprichei na letra.
Faltam poucos dias para as férias...
. Depois apareceram outros decididos para escrever uma frase. Mas o herói tinha sido eu.."
*
"Os anos se passaram, meu caro Manuel Valadares.
Hoje tenho quarente e oito anos e às vezes na minha saudade eu tenho impressão que continuo criança. Que você a qualquer momento vai me aparecer me trazendo figurinhas de artista de cinema ou bolas de gude.
Foi você, quem me ensinou a ternura da vida, meu Portuga querido. Hoje sou eu que tenho distribuir as bolas e as figurinhas, porque a vida sem ternura não é lá grande coisa. Às vezes sou feliz na minha ternura, às vezes me engano, o que é mais comum.
Naquele tempo. No tempo de nosso tempo, eu não sabia que muitos anos antes, um Príncipe Idiota ajoelhado diante de um altar perguntava aos ícones, com os olhos cheios d'água:
-PORQUE CONTAM COISAS ÀS CRIANCINHAS?
A verdade, meu querido portuga, é que a mim contaram as coisas muito cedo.
Adeus!"
Hoje tenho quarente e oito anos e às vezes na minha saudade eu tenho impressão que continuo criança. Que você a qualquer momento vai me aparecer me trazendo figurinhas de artista de cinema ou bolas de gude.
Foi você, quem me ensinou a ternura da vida, meu Portuga querido. Hoje sou eu que tenho distribuir as bolas e as figurinhas, porque a vida sem ternura não é lá grande coisa. Às vezes sou feliz na minha ternura, às vezes me engano, o que é mais comum.
Naquele tempo. No tempo de nosso tempo, eu não sabia que muitos anos antes, um Príncipe Idiota ajoelhado diante de um altar perguntava aos ícones, com os olhos cheios d'água:
-PORQUE CONTAM COISAS ÀS CRIANCINHAS?
A verdade, meu querido portuga, é que a mim contaram as coisas muito cedo.
Adeus!"
*
LINDO
Meu pé de laranja lima é inesquecível...
Meu pé de laranja lima é inesquecível...
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